sexta-feira, agosto 25, 2006

Idade a mais é como idade a menos

Todos nós já nos questionámos sobre a razão de viver. Todos nós temos aquela visão bonita da vida, que quando formos velhinhos vamos andar a passear pelo o mundo fora montados numa autocaravana e cheios de dinheiro da reforma.

E se não?

E se formos daqueles velhinhos que chegam à farmácia e perguntam quanto é? E são forçados a dizer, eu não posso...

E se formos daqueles velhinhos que sempre que chega alguém à porta do quarto no lar uma força maior nos sobe pelo corpo a pensarmos que é para nós, e no fim, não é...

E se formos daqueles velhinhos que morrem lentamente com Alzheimer sem sequer nos apercebermos que estamos a morrer...

E se formos daqueles velhinhos que invertem o sentido da vida e ficam ao cuidado dos filhos anos e anos dependentes...

E se formos daqueles velhinhos que trabalharam tanto durante a vida que quando se aperceberam já era tarde de mais...

E se formos aqueles velhinhos...

3 Comments:

At 11:57 da tarde, Blogger Frédéric said...

xiça..purreta!dá que pensar!o melhor é viver, antes que sejamos velhinhos!(eu pela minha parte não chego a velhinho..:P)

 
At 4:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

foi exactamente este tipo de pensamento que me fez vender quase tudo o que tinha e comprar uma carrinha e começar a viajar pelo mundo. Escrevia publicidade e recebia bem mas sempre pensei que estava a perder o meu tempo. Os tempos são outros. Não acredito na reforma. Nem em esperar para viajar quando as coisas estejam melhores. Viajo à dois anos. Trabalho em seasonal jobs (quintas, hostels) mas a maior parte do dinheiro consigo a tocar na rua e a cantar. Sou um outsider. Não tenho telemovel, não vejo televisão nem mesmo oiço radio. É a minha escolha. Durmo em praias. E conheço pessoas como eu, viajantes. Farto da estilo de vida actual. Da euforia do consumismo.
É possivel. Um abraco
Bernardo Rão

 
At 11:05 da manhã, Blogger #1 said...

Quer queira, quer não, sou forçado a concordar com algumas ideias suas "Bernardo Rão". Aí está uma pessoa, que, ficticiamente deu voz a muitos que vivem aquilo que por ele foi relatado. Um abraço.

 

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