terça-feira, janeiro 08, 2008

Reckoner


Porra. Este som é mesmo bom.

Mantenho uma relação secreta com a menina do meu GPS.

Um misto de Toys’R’Us e uma Candy Shop, mas para adultos.
4 pisos repletos de música e vídeo.
Uma perdição.

De fugida, por aqui passo...

Ora então, muito bom ano!

É a primeira vez este ano que poiso o portátil sobre as pernas para escrever um pouco. Entre o desleixo e a falta de tempo, pouco resta para este cantinho que um dia foi fruto de bastante mais atenção que a que de hoje é. Agora, infelizmente, pouco por aqui passo, lamentando bastante esse facto.

Deixando-me destas lamechices,

Então? Novidades?

Ora desde a última vez que por aqui mandei uns bitaites muito se passou, o Natal, a Passagem de Ano, o Carlos Santos Ferreira saltou do poleiro da Caixa, o Luisão quis enfardar no grego, e agora os funcionários públicos até vão poder ser despedidos caso não trabalhem, palavra de honra, ao que nós chegámos.

Ora eu por cá ando, na “vidinha” do costume.
Sem tempo. Sem paciência. Cansado. Com sono.

Nem para ver TV e ouvir música tenho tido muito tempo.
Com um leitor de mp3 cheio de “tendências” e álbuns que ainda cheiram a novo, é quase um crime deixá-los ao abandono naquele disquinho rígido sem poderem estravazar cá para fora.

A somar a isto, tenho ainda dois livros novinhos prestes a serem desfolhados.

Como se não bastasse, tenho uma catrefada de séries para ver. Sim, o Pai Natal foi bastante meu amigo, recebi séries para dar e vender. Duas seasons de “Seinfeld”, “Sem Rasto”, “Tal Mãe Tal Filha”, “Kennedy”, “Fawlty Towers”, “Sim Sr. Ministro” e ainda para completar, não resisti a trazer de Londres a Complete Box dos “7 Palmos de Terra” com as cinco seasons, e ainda a Complete Box da “Ally McBeal”.
Resumindo, tudo isto traduzido em horas, entre livros, séries e música tenho aqui entretém para os próximos 3 anos (non-stop).

Só é mesmo pena que tenha que passar os próximos 41 anos a fazer aquilo que menos gosto, ou seja, trabalhar. Desta forma, resta-me encaixar o entretém no (pouco) tempo livre que me resta, ou seja tenho entretém para os próximos 43 anos, 41 anos para ver as séries, e os outros 2 (estes sim, libertos) para ler e ouvir a música acumulada que vou “adquirindo” ao longo dos tempos. Quando o mp3 fizer parte de anedotas sobre velhotes eu ainda andarei a tentar actualizar-me.

Posto isto, é de fácil compreensão que já esgotei os meus 10 minutos semanais para afazeres não laborais, esta semana, dedicados a escrever no blog.
Desta forma, subscrevo-me com elevada estima e consideração.

Com os melhores cumprimentos

#1

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Ontem, hoje e amanhã

Num blog de uma amiga, encontrei isto. E então, para ela não se sentir sozinha escrevi isto:

Olá, chamo-me (#1), tenho 24 anos e sou uma pessoa dita "encaixada na sociedade".
Aos 15 anos queria ser DJ e andar com todas as meninas do mundo (bonitas, claro). A vida era bela e o sol sorria todo o santo dia para mim. Os problemas, não eram problemas e as coisas boas eram coisas realmente boas.
Nessa linda idade, o que menos me preocupava era o que queria ser "oficialmente" quando fosse grande, desta forma, fui a dois psicólogos, sim dois, fazer os tais testes de personalidade para saber onde o destino me iria encaixar.
Os resultados foram tão expliícitos como a resposta de um político a um "Porquê que o país anda mal?", assim sendo optei pelo ramo Cientifico Natural - ramo de Informática, eu um rapaz farto em esperteza binária era mesmo para o que estava destinado.
Mudei de escola, não correu bem, e três meses depois mudei novamente, onde se iniciou uma nova jornada de felicidade e alegria.
Passados três anos (bem passados, note-se), o meu objectivo de vida passou a ser novamente o viver bem nos 7 minutos seguintes, e onde tudo o que fosse para além disso, não era sequer imaginado pela minha cabecinha (bastante fértil, diga-se de passagem).
Estes três anos passaram-se (bem rápido, por sinal) e chegou aquela que é considerada por muitos como a melhor fase da vida. A minha, só para contrariar, não foi.
Dei entrada num curso que não queria e nem sequer sonhava o que era. Uma tal de Engenharia Electrotécnica. Se tivesse entrado em Eng.ª Informática, seria igualmente uma tragédia. Isto foi apenas um àparte em tom de desabafo.
O curso passou, e pelo meio, doeu, doeu, doeu que se fartou. O curso dizia-me tanto como um rapaz mudo, e eu via tanto de electricidade como o Stevie Wonder vê o chão por onde pisa. Mas com mais ou menos custo o curso lá se foi fazendo.

Hoje, chamo-me #1 (Esta era um bocado óbvia não era, teria outro impacto se eu dissesse que me chamava Micaela e trabalhava no Parque Eduardo VII, mas não), e sou o tal "Eng.º Electrotécnico", contino a ver tanto de electricidade como dantes, e gosto tanto do que faço como dantes.

Resumindo a história, que estou farto de escrever, nem sempre a vida toma o rumo que nós queremos que tome, nem temos o pulso sobre ela como queremos também.
As coisas por vezes são assim porque sim. Deixemo-nos de filosofias baratas como o destino, o karma ou o raio que parta. As coisas são assim e ponto final.

"O que custa não é viver, o que custa é saber viver"

terça-feira, dezembro 11, 2007

Parabéns

se te perguntarem por nós, sobre
que coisa fazemos quando estamos
juntos, diz a verdade
que deslocamos os cometas sem
querer, as estrelas para desenhos e
a lua garantindo o amor
diz a verdade sobre a intervenção
na cósmica escolha dos casais,
a obrigação de nos obedecer
não fosse o universo desentender quem
somos e favorecer a separação ou,
pior, o não nos havermos conhecido
Música de: "Anónimo", Cantada por: "Paulo Praça"

domingo, dezembro 09, 2007

Parabéns àqueles que ainda resistem

Ontem, aqueles que há 24 anos atrás fizeram aqui o je, comemoraram 30 anos de casados.
Não podendo deixar isto ao acaso, resolvi dar-lhes uma pequena prendinha que simbolizasse esses 30 anos.

Após muitas ideias absurdas, resolvi-me por uma delas. Ofereci um Kamasutra, com o recado na contra capa:


"Para que passados 30 anos vejam que há coisas que ainda não fizeram juntos."


Acho que eles gostaram.

Desculpem qualquer coisinha

Ora bem, nem sei como começar.
Antes de mais, Bom dia, Boa tarde ou Boa noite!

Todo este post terá como som de fundo o tom da desculpa, o que provavelmente é mesmo.

Toda e qualquer razão que possa enumerar tal como, "não tenho internet em casa", "não tenho muito tempo que sobre do extenso e longo dia de trabalho", "não tenho muito que dizer", etc, interessa ou serve de desculpa para este meu desaparecimento.

Desta forma, venho por este meio pedir desculpa àqueles que por aqui passam (ou passavam) para dar uma vista de olhos no que por aqui se escreve.

A minha vida continua da mesma forma, ou seja, acordo as 7, tomo banho, vou para o trabalho, bebo um pacote de leite pelo caminho e, após 45 minutos de viagem chego àquele que se tornou a minha "casa" (non-grata) para as seguintes 10 horas. Após essas 10 horas, meto-me no carro e conduzo mais 45 minutos para ter aquele a que chamo de tempo de lazer, mas que no fundo não passa de um par de horas em que nada dá para fazer.

Após a excitação inicial do inicio do trabalho, de momento já nada resta dessa excitação, senão a sensação bestial que é a de: "Oh que bom, mais um dia de trabalho :S !!"

Face a isto, não tenho nem muito tempo para (nem muito que) escrever.
Bem, agora que já me desculpei, espero dentro em breve dar por aqui uns mini-saltos para escrever algo que não seja a descrição do meu excitante dia-a-dia, mas sim para escrever algo com real interesse, não digo para a humanidade, mas pelo menos para alguns dos amigos que por aqui passam.


Abraços e beijinhos,
#1

quinta-feira, outubro 04, 2007

Ser o que sou. Ou não.

O que sempre me agradou neste blog foi o facto de poder escrever sobre trivialidades, trivialidades essas que ouvia no dia a dia, na conversa no café, na voltinha diária pela net, nos mil artigos que lia por dia sobre nada, nas investigações que fazia sobre produtos inúteis, etc.

De momento, sinto-me embrutecido.

Sou invadido diariamente pelo “ser adulto”. As minhas conversas dissipam-se entre os dedos com que teclo. O único assunto por mim pensado nos últimos tempos é trabalho. Não que trabalhe muito ou pouco, o problema é única e exclusivamente que só consigo pensar/ falar nesta tão maldita coisa.

Sinto falta das baboseiras, das porcarias que passava horas a ver no ebay, nos sonhos infindáveis com Bentleys e Penthouses em Park Avenue…sinto, essencialmente, falta de sonhar. Penso que é exactamente a isso que se resume o meu vazio.

Antigamente, quando do Euromilhões se falava eu não compreendia os outros ao dizerem-me “…comprava um BMW e uma boa casa…”. Um BMW e uma boa casa? Fo$asse, para que é que eu queria um Beemer? Eu queria era a porra dum Enzo, um SLR, e um Maybach, tudo o que de abaixo se tratasse era simplesmente carro de pobre. Isto era o que a minha cabecinha conseguia produzir em forma de sonhos, tal era a utopia financeira que lá por cima se passava.

Agora quando a conversa do Euromilhões surge, eu sinto-me vazio, pobre, de espírito. Acho que é isso. Mesmo.

Sinto aquele vazio que nunca havia sentido, o tal vazio do: “Um bom carro e uma boa casa”.
Quem não me conhece, ao ler este post estará neste momento com uma ideia bastante desfavorável da minha pessoa, um snob metido a rico, mas pobre.

Não.
(Não é ao pobre que se refere o “Não”, isso sou.)

Quem me conhece sabe que isso faz parte de mim, sonhos eternos escalados por Escalade’s e passeados por Hummer’s.

Hoje, sofro pelo facto de finalmente saber que nunca alcançarei nada do que estava contido nesses sonhos. Nunca andarei passearei de Murciélago Cabrio por Upper East Side, com o braço de fora, exibindo um Breitling reluzente, que condiz com o anel de $M2 que ofereci à #1ª da Tiffany’s…O lugar cativo no campo do Madison Square Garden, as compras no Barneys, as Vuitton cheias de Prada e Gucci a embarcarem no meu Falcon para voar até Nekker Island, ou até mesmo o chegar de Phantom ao Burj Al Arab…

Nada, absolutamente nada.

O que me entristece não é o não ter, é o não poder sonhar que terei. Isso sim, custa.

A vida corta a esperança como uma faca corta manteiga no verão. Chega a ser cruel.

Quando um homem já não puder sonhar o que lhe restará.

domingo, setembro 30, 2007

Daquele que dói

Amor.
Nos dias que correm, a palavra “amor” tornou-se mais curriqueira do que o próprio telemóvel. As pessoas usam e acima de tudo, abusam despropositadamente deste suposto sentimento.
Não é que não seja correcto amar, não, eu acho é que as pessoas por qualquer coisa, já estão a amar.
Amor, é aquele que dói, aquele que verte a lágrima de saudade e alegria, é aquele que sofre com o outro como se fosse o próprio. Amar é olhar e saber o que o outro sente, é tocar e saber como está, é não falar, mas ouvir na mesma.
Isso é amar.
Hoje em dia, o amor perdeu o valor, por dá cá aquela palha sai um “amo-te”.
É oficial, o “gosto de ti”, “adoro-te”ou até mesmo o “curto-te bué” foi automaticamente subido de escalão para um “amo-te”.

Verdes anos

Há quem diga que certos momentos da vida se repetem ciclicamente de x em x anos. Se assim for, espero que o ano que passou se volte a repetir muito em breve.
Toda a vida me queixei por estudar, ao mesmo tempo que ouvia da boca dos outros que estes seriam de longe, os melhores anos da minha vida.
O ano que passou foi uma excepção a todos os outros, faça-se notar. Este não pôde ser propriamente classificado de ano lectivo.
Ao longo do último ano posso afirmar de cabeça erguida e mão no peito que não fiz, passo a expressão, “a ponta d’um corno”. Com apenas 3 cadeiras e projecto como objectivo anual, pude fazer certas coisas que jamais poderia noutra situação, entre os quais passar um ano inteiro sem pôr os pés numa sala de aula.
Os dias eram grandes, acordava entre as 11 e as 12, deitava-me entre as 3 e as 4, fiz maratonas de semanas deitado a ver séries, pude beber café depois do almoço, sem o estrangulamento no pulso exercido pelo relógio. Tempo? Tempo tinha eu com fartura.

Passeei, viajei, visitei museus, vi concertos, frequentei tertúlias, debates, workshops, actualizei-me no cinema, naveguei dias seguidos na net, passei férias dignas do nome férias sem o fantasma do seu fim. Não, não iam acabar, apenas iam continuar noutro sítio.

Foi um ano ímpar, inigualável e infelizmente único. Acabou.

Muitos houveram a alertar-me do possível cansaço do não fazer nada, do entrar em paranóia com tão pouco a fazer. Todos se enganaram. Redondamente.


Mas a vida muda, e o que é bom não dura para sempre.


Um dia acordamos às 12, noutro as 6, num passamos o dia em frente ao PC a ver séries, no outro apercebemo-nos que o PC pode mesmo servir para trabalhar, num passamos a tarde no café a conversar, noutro passamos a tarde ao telefone no trabalho. O dia termina lá pela hora da novela, que dantes era reutilizada para ir ao café digerir o jantar e hoje é apenas usada para ligar o temporizador da tv e dormir.

Saudade


Já tive o privilégio de ver este senhor ao vivo.
Isto é talento de verdade.
Como este já há poucos poucos.
Infelizmente.

This is not a love song

sábado, setembro 01, 2007

Clássico

The Simpsons

Não me considero um fã assumido dos Simpons, sou mais um fã daqueles a atirar para o razoável. Desta forma, a minha opinião sobre o filme talvez não deva ser levada tão em consideração quanto isso.
(Não é que fosse levada mesmo que não fosse fã. O pensar que alguém liga àquilo que escrevo revela-se apenas um mero narcisismo. Não liguem.)

Agora já com o ego mais auto-afagadinho, continuo.

Quem gosta da série da Fox, irá com certeza adorar o filme. Este consegue uma crítica social ainda mais objectiva do que o costume, nunca descurando no humor requintado a que fomos habituados.
É um filme notoriamente para adultos, os assuntos são abordados de uma maneira mais agressiva. Até se usam asneiras. Das verdadeiras, note-se. Felizmente as traduções habituais do género: “FUCK!!!” = “Que maçada”, foram deixadas de fora.
Poderia prosseguir aqui pelo caminho do elogio, poderia ainda contar alguns excertos notáveis, mas, como não sou do género vizinho de cinema:”Épá o gajo vai morrer a seguir…”, deixo em aberto as opiniões e críticas para que todos possam desfrutar dos Simpsons, desta vez, não na FOX, mas num cinema perto de si.

Isto soou um pouco a spot publicitário, mas não foi.

Às vezes sinto caimbras no cérebro

Pior que ser burro é ser surdo

Sinto falta de ouvir música. Sinto falta do arrepio na espinha de um bom concerto.
Ao ouvir “Stronger (Instrumental)” de Daft Punk, relembro o concerto na minha cabeça. Sinto falta dessa sensação, do passar para o lado de lá, da passagem automática do ser contido que somos no dia a dia para a estrelouqueira total, sinto falta de saltar a ouvir música bem alta, do começar um concerto com um ar apático e automaticamente dar por mim a sorrir sem razão aparente.
Já fui a muitos concertos, uns em recintos mais requintados que outros, e engraçado seja, que os que sinto mais falta são os verdadeiros, aqueles bem ao género de festival, onde podes ser quem és, sentir o que sentes, ouvir o que todos ouvem, saltar, berrar, cantares e enganares-te na letra, poder chegar ao fim de um mau concerto e berrar “A tua mãe!!!”, sei lá, sinto falta disso tudo.
Preciso mesmo de ir a um bom concerto brevemente.
Por mais que tente, não consigo sentir o mesmo em casa.
Que pena.

P.S. – Vou ouvir “Queen Live @ Wembley 1986”. Sempre dá para enganar a saudade.

Beastie Boys

15 anos antes e tinha dado a melhor banda Sonora para “Reservoir Dogs”.
Encaixa na perfeição.

Banda sonora da semana

3 Pistas – Antena 3
50 Cent – Whoo Kid
Astor Piazzola – The Central Park Concert
Beastie Boys - The Mix Up
Bonde do Rolé - Bonde Do Rolé With Lasers
Cinco Minutos de Jazz – Vol. 4
Devotchka – How It Ends
Garbage - Absolute Garbage
Gogol Bordello - Super Taranta
I'm From Barcelona - Let Me Introduce My Friends
Joan Osborne - Breakfast In Bed
Jorge Palma - Voo Nocturno
Josh Rouse - Country mouse, City House
LCD Soundsystem - Sound of Silver
Little Miss Sunshine – OST
Mando Diao - Ode to Ochrasy
Mario Laginha - Trio Espaço
Mayra Andrade – Navega
Queen - Live At Wembley 86
Rage Against The Machine - Evil Empire
Rodrigo Leao – O Mundo (1993-2006)
Saian Supa Crew - Hold Up
Shivaree - Tainted Love Mating Calls And Fight Songs
Sigur Ros – Takk
The Bravery - The Sun and The Moon
The Chemical Brothers - We Are The Night
The Who - Live in Phoenix
Tiga – Sexor
Tv On The Radio - Return To Cookie Mountain