quinta-feira, dezembro 13, 2007

Ontem, hoje e amanhã

Num blog de uma amiga, encontrei isto. E então, para ela não se sentir sozinha escrevi isto:

Olá, chamo-me (#1), tenho 24 anos e sou uma pessoa dita "encaixada na sociedade".
Aos 15 anos queria ser DJ e andar com todas as meninas do mundo (bonitas, claro). A vida era bela e o sol sorria todo o santo dia para mim. Os problemas, não eram problemas e as coisas boas eram coisas realmente boas.
Nessa linda idade, o que menos me preocupava era o que queria ser "oficialmente" quando fosse grande, desta forma, fui a dois psicólogos, sim dois, fazer os tais testes de personalidade para saber onde o destino me iria encaixar.
Os resultados foram tão expliícitos como a resposta de um político a um "Porquê que o país anda mal?", assim sendo optei pelo ramo Cientifico Natural - ramo de Informática, eu um rapaz farto em esperteza binária era mesmo para o que estava destinado.
Mudei de escola, não correu bem, e três meses depois mudei novamente, onde se iniciou uma nova jornada de felicidade e alegria.
Passados três anos (bem passados, note-se), o meu objectivo de vida passou a ser novamente o viver bem nos 7 minutos seguintes, e onde tudo o que fosse para além disso, não era sequer imaginado pela minha cabecinha (bastante fértil, diga-se de passagem).
Estes três anos passaram-se (bem rápido, por sinal) e chegou aquela que é considerada por muitos como a melhor fase da vida. A minha, só para contrariar, não foi.
Dei entrada num curso que não queria e nem sequer sonhava o que era. Uma tal de Engenharia Electrotécnica. Se tivesse entrado em Eng.ª Informática, seria igualmente uma tragédia. Isto foi apenas um àparte em tom de desabafo.
O curso passou, e pelo meio, doeu, doeu, doeu que se fartou. O curso dizia-me tanto como um rapaz mudo, e eu via tanto de electricidade como o Stevie Wonder vê o chão por onde pisa. Mas com mais ou menos custo o curso lá se foi fazendo.

Hoje, chamo-me #1 (Esta era um bocado óbvia não era, teria outro impacto se eu dissesse que me chamava Micaela e trabalhava no Parque Eduardo VII, mas não), e sou o tal "Eng.º Electrotécnico", contino a ver tanto de electricidade como dantes, e gosto tanto do que faço como dantes.

Resumindo a história, que estou farto de escrever, nem sempre a vida toma o rumo que nós queremos que tome, nem temos o pulso sobre ela como queremos também.
As coisas por vezes são assim porque sim. Deixemo-nos de filosofias baratas como o destino, o karma ou o raio que parta. As coisas são assim e ponto final.

"O que custa não é viver, o que custa é saber viver"

1 Comments:

At 1:46 da tarde, Blogger SoNosCredita said...

lá está, é esse o lema!
:)
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